Good Brush Habits
Luís Figueiredo e Vítor Israel
Carta à Marta.
Lembro-me vagamente de ti. Recordo dizeres que o mundo está repleto de coisas que nunca aconteceram. Completo seria ele assim se quedasse demoradamente no tempo.A antepenúltima vez que te pus a vista em cima movias uma mistura de esguichos carmim sobre um fundo arborizado pela clorofila. Levavas um coelho pela cartola, de dentes bem vincados na sua carne quente. A sua pele era a minha cola. O teu território chocou com o meu minha querida Marta e a tua curiosidade escancarou os alçapões de luz na floresta. Dei-te caça. Os navios caceados receberam-te plana, lisa, bela como torpedo.
Bons hábitos de pincel. Nossos espíritos deformados pelo mergulho em económico solvente, nossa forma um reencontro, uma pintura emergente.Assim vai o mundo, assim vão os hábitos. São os rácios entre as grandezas do que soubemos precaver. Visões. Admissões de contraste. No reino da Animalia no filo dos cordados e na classe dos mamíferos, na ordem carnívora da família dos mustelídeos vives croata Marta.Os melhores pincéis do mundo têm o teu pêlo. De sebo escorreito crescem na direcção de Saturno melhores pêlos para os melhores temperamentos. Lavados no centro do mar, colhidos dos regatos, aglomerados na ponta de pequenas lanças de madeira.Sinto a falta da tua vivacidade. Pinto de saudade.
Havias de gostar de aqui estar Marta. Seria o teu espírito curioso imune à boaaventurança destas pinturas? Julgo que não.As costuras de luz do Luís Figueiredo; as formas pungentes e coloridas do Vítor Israel.Sorrimos de relance. Penugem.
Beijos e considerações.F.B.
Lembro-me vagamente de ti. Recordo dizeres que o mundo está repleto de coisas que nunca aconteceram. Completo seria ele assim se quedasse demoradamente no tempo.A antepenúltima vez que te pus a vista em cima movias uma mistura de esguichos carmim sobre um fundo arborizado pela clorofila. Levavas um coelho pela cartola, de dentes bem vincados na sua carne quente. A sua pele era a minha cola. O teu território chocou com o meu minha querida Marta e a tua curiosidade escancarou os alçapões de luz na floresta. Dei-te caça. Os navios caceados receberam-te plana, lisa, bela como torpedo.
Bons hábitos de pincel. Nossos espíritos deformados pelo mergulho em económico solvente, nossa forma um reencontro, uma pintura emergente.Assim vai o mundo, assim vão os hábitos. São os rácios entre as grandezas do que soubemos precaver. Visões. Admissões de contraste. No reino da Animalia no filo dos cordados e na classe dos mamíferos, na ordem carnívora da família dos mustelídeos vives croata Marta.Os melhores pincéis do mundo têm o teu pêlo. De sebo escorreito crescem na direcção de Saturno melhores pêlos para os melhores temperamentos. Lavados no centro do mar, colhidos dos regatos, aglomerados na ponta de pequenas lanças de madeira.Sinto a falta da tua vivacidade. Pinto de saudade.
Havias de gostar de aqui estar Marta. Seria o teu espírito curioso imune à boaaventurança destas pinturas? Julgo que não.As costuras de luz do Luís Figueiredo; as formas pungentes e coloridas do Vítor Israel.Sorrimos de relance. Penugem.
Beijos e considerações.