People at Work; People at Sports
Vítor Teixeira; Sara & André
Em 2018 fomos convidados por um amigo para uma exposição que iria acontecer daí a alguns meses no âmbito de uma iniciativa internacional – GIFC worldwide — na galeria Balcony, consistindo num seleção de obras de artistas de todo o mundo em formato A4, a preços acessíveis.
Dois anos antes tínhamos realizado uma colagem grande com imagens de um catálogo de materiais de escritório da marca Kaiser Kraft. Nessa altura tínhamos utilizado apenas imagens dos objetos (ou produtos), mas não pudemos deixar de reparar que em muitas páginas apareciam também modelos representando o papel de empregados, operários ou, utilizando um léxico mais contemporâneo,
“colaboradores”, a apresentar alguns destes objetos e utensílios.
Para esta exposição na Balcony fizemos inicialmente dois dípticos como se tratassem de dois pares de Saras & Andrés, mas eis que, entusiasmados como quase sempre com o resultado, acabámos por produzir logo de seguida mais de quarenta outras colagens, a maioria A4, entre as quais as 28 que agora expomos e ainda algumas outras A3 com figuras ligeiramente maiores.
A exposição acabou por não acontecer, já não nos lembramos porquê e estas delicadas obras ficaram cuidadosamente guardadas até hoje. Nos últimos meses temos estado a preparar um livro com o artista Vítor Teixeira, que será editado pela Stolen Books no final do ano e numa das visitas que fizemos ao seu atelier, reparámos na série Homenzinhos na ginástica que imediatamente nos fez lembrar a nossa.
Assim, na sequência do convite da Galeria do Sol a apresentarmos um projeto, achámos que seria interessante (para todos!) uma proposta expositiva dual, com duas pequenas individuais temáticas, coerentes e com algumas semelhanças entre si.
Concretamente a série do Vítor refere-se a vários desportos, tais como atletismo ou ginástica, que o próprio praticou na sua juventude até ter sofrido um acidente que o impediu de poder continuar uma carreira desportiva. No nosso caso poderíamos agora dizer que a nossa série diz respeito aos diversos empregos que tivemos e que tivemos de (ou que pudemos na verdade) abandonar para poder seguir
uma carreira artística. Mas a verdade é que achámos esteticamente desconcertantes estas imagens de pessoas tão felizes, confiantes e bonitas nos seus empregos e não conseguimos resistir-lhes...
Em jeito de conclusão citamos o Vítor num dos encontros ocorridos durante a preparação desta exposição: “arte é estar numa igreja por baixo de uma cúpula e de repente cair um tijolo lá de cima”.
Dois anos antes tínhamos realizado uma colagem grande com imagens de um catálogo de materiais de escritório da marca Kaiser Kraft. Nessa altura tínhamos utilizado apenas imagens dos objetos (ou produtos), mas não pudemos deixar de reparar que em muitas páginas apareciam também modelos representando o papel de empregados, operários ou, utilizando um léxico mais contemporâneo,
“colaboradores”, a apresentar alguns destes objetos e utensílios.
Para esta exposição na Balcony fizemos inicialmente dois dípticos como se tratassem de dois pares de Saras & Andrés, mas eis que, entusiasmados como quase sempre com o resultado, acabámos por produzir logo de seguida mais de quarenta outras colagens, a maioria A4, entre as quais as 28 que agora expomos e ainda algumas outras A3 com figuras ligeiramente maiores.
A exposição acabou por não acontecer, já não nos lembramos porquê e estas delicadas obras ficaram cuidadosamente guardadas até hoje. Nos últimos meses temos estado a preparar um livro com o artista Vítor Teixeira, que será editado pela Stolen Books no final do ano e numa das visitas que fizemos ao seu atelier, reparámos na série Homenzinhos na ginástica que imediatamente nos fez lembrar a nossa.
Assim, na sequência do convite da Galeria do Sol a apresentarmos um projeto, achámos que seria interessante (para todos!) uma proposta expositiva dual, com duas pequenas individuais temáticas, coerentes e com algumas semelhanças entre si.
Concretamente a série do Vítor refere-se a vários desportos, tais como atletismo ou ginástica, que o próprio praticou na sua juventude até ter sofrido um acidente que o impediu de poder continuar uma carreira desportiva. No nosso caso poderíamos agora dizer que a nossa série diz respeito aos diversos empregos que tivemos e que tivemos de (ou que pudemos na verdade) abandonar para poder seguir
uma carreira artística. Mas a verdade é que achámos esteticamente desconcertantes estas imagens de pessoas tão felizes, confiantes e bonitas nos seus empregos e não conseguimos resistir-lhes...
Em jeito de conclusão citamos o Vítor num dos encontros ocorridos durante a preparação desta exposição: “arte é estar numa igreja por baixo de uma cúpula e de repente cair um tijolo lá de cima”.